Trabalhadores da Fhemig se reuniram em Assembleia Geral às 14h30 desta quarta-feira (25), na porta da Assembleia Legislativa. A revolta com as atitudes do governo, que ataca os direitos de todos, trabalhadores contratados e efetivos, levou a categoria a avaliar a realização de uma greve antes do final do ano.
A assembleia convocada pelo SINDPROS deu início a um forte processo de reação dos trabalhadores que montaram uma comissão para agilizar as ações de mobilização nos próximos dias.
Os trabalhadores exigiram que o vale-transporte seja mantido como é pago atualmente pelo governo. Não vamos aceitar a determinação prevista em uma resolução que fixa o valor do vale-transporte em R$ 9,00 por dia. A medida reduz o salário do trabalhador porque ele vai ter que pagar a diferença do próprio bolso.
Um trabalhador que more em cidades próximas, como Mateus Leme, por exemplo, vai ter de pagar cerca de 20,00 por dia (400 em 20 dias de trabalho), porque a passagem é de cerca de 30,00, ida e volta. Vamos lembrar que os servidores estão há sete anos sem reajuste e que a inflação vem registrando aumento nos últimos meses, corroendo o poder de compra do salário.
Contratos
A forma como o governo está tratando a situação dos contratos, com o Projeto de Lei 2150/2020 que tramita na Assembleia Legislativa, provocou indignação dos trabalhadores e a iniciativa de partir para a greve pode ser tomada nos próximos dias. Por determinação da Justiça, a situação dos contratos no Estado tem até 31 de dezembro próximo para ser regularizada.
Em Barbacena, 33 contratos foram encerrados deixando trabalhadores desempregados, a equipe que ficou sobrecarregada de serviço e pelo menos 106 pacientes psiquiátricos que possuíam estreito vínculo com seus cuidadores, desamparados.
Em plena pandemia de coronavírus, que volta a lotar os hospitais, o governo toma medidas indevidas colocando a assistência aos pacientes em risco ao desfalcar as equipes de profissionais.
A assembleia dos trabalhadores chamou a atenção dos deputados. A deputada Beatriz Cerqueira foi conversar com os trabalhadores e confirmou que o PL 2150/2020, que trata dos contratos, da forma que foi montado pelo governo, vai causar desemprego e promover a terceirização e a privatização dos serviços públicos. O deputado Betão, que é do grupo de risco, mandou o assessor para acompanhar a assembleia dos trabalhadores.
Proposta de emenda é enviada aos deputados
As entidades ASTHEMG e o SINDPROS enviaram documento aos deputados pedindo imediata alteração do PL 2150/2020. A proposta é que os contratos em vigor sejam mantidos até dezembro de 2021. Nesse período, o governo deve realizar concurso e os contratos só serão encerrados quando puderem ser substituídos pelos concursados aprovados e nomeados.
GOVERNO NOTIFICADO
O SINDPROS encaminhou um ofício para o Governo de Minas exigindo a manutenção do Vale Transporte, as mudanças da PL 2150/2020 e a continuidade da negociação sobre a incorporação da Ajuda de Custo, bem como a decisão da Assembleia Geral.
Em breve chamaremos uma nova Assembleia Geral para avaliarmos a resposta do Governo e com INDICATIVO DE GREVE.