Ontem(15/07), aconteceu mais uma reunião entre a Fhemig, a ASTHEMG e o SINDPROS que discutiu os encaminhamentos da pauta dos trabalhadores que o Sindicato vem discutindo com o Governo. Além dos diretores do Sindicato, participaram os representantes da Digepe, diretoria de gestão de pessoas da Fhemig.
1 – Sobre a exigência da Fhemig da reapresentação de atestados médicos de mais de um ano
A Fhemig atendeu ao pedido da ASTHEMG e SINDPROS. Será aceito, para aqueles que não possuem mais o documento original, que declarem de próprio punho a autenticidade do atestado enviado digitalmente, sendo necessária a entrega dessa declaração à gestão de trabalho. Além disso, o prazo também foi prorrogado para 30/09.
2- Insalubridade grau máximo
Como havíamos sugerido, a Fhemig irá analisar os casos de insalubridade por setor e não mais por pessoa. Porém, essa mudança iniciará com o Hospital Júlia Kubitschek, por ser dedicado ao Covid, e depois para as demais unidades.
O Sindicato questionou o porquê de não iniciar a análise em todas as unidades, uma vez que outros hospitais também atendem Covid-19 e estão expostos aos mesmos riscos. Sem falar da demora para dar resposta a muitos trabalhadores que já apresentaram o pedido de insalubridade mais de uma vez. Sem uma resposta conclusiva, a Fhemig afirma que estão implantando um teste e será enviado para ASTHEMG e o SINDPROS um cronograma de início para as outras unidades.
4- Redução da Carga Horária para 30 horas
A Fhemig não apresentou o estudo sobre o quantitativo de pessoal que hoje poderia passar para 30 horas sem que impactasse o atendimento. Esse estudo havia sido demandado pela Seplag na última reunião (28/06). A Fhemig insiste na fala errônea de que seria necessária a realização de um concurso público para não desfalcar o quadro dos hospitais. Também afirmam que a Seplag tem impedido a contratação temporária.
O diretor do SINDPROS, Carlos Martins, reafirmou que, como a própria Fhemig sabe, “hoje, para cada 3 trabalhadores que passam para 30 horas, seria necessária apenas a contratação de um (1) trabalhador de 40 horas, sem que impactasse na folha e no trabalho”. Como encaminhamento, o Sindicato irá cobrar da Seplag essas informações na reunião do dia 20/07, já que a Secretaria de Planejamento havia concordado com a possibilidade da volta da opção de redução para 30h após o estudo.
Sobrecarga tem aumentado afastamentos
Outro ponto levantando pelo Sindicato foi quanto à volta do comunicado de duplo vínculo aos trabalhadores da Fhemig, o que pode levar à exoneração de muitos servidores que dão plantão em outros hospitais. Carlos alertou que, com o limite do duplo vínculo, aqueles que são 40 horas podem ser exonerados da Fhemig e, isso sim, irá desfalcar totalmente o quadro dos hospitais. A redução para 30 horas (com redução salarial) resolveria essa situação, o impacto é menor ou nenhum. Outro ponto importante é o alto índice de afastamento e absenteísmo dos trabalhadores que têm adoecido devido à sobrecarrega de trabalho, que em sua maioria são os de 40 horas.
3- Incorporação da Ajuda de Custo
Segundo a Fhemig, a resposta sobre a continuidade dos estudos será dada à ASTHEMG e SINDPROS pela Seplag na reunião do dia 20/07.
A reunião terminou sem um fim, já que por ser virtual, ao completar 60 minutos foi interrompida abruptamente pelo novo representante de relações sindicais da Fhemig e pela Digepe. Na próxima terça-feira, 20/07, teremos uma reunião com a Seplag onde levaremos as pautas que ainda estão em aberto.