GREVE! TRABALHADORES DA FHEMIG NÃO AGUENTAM MAIS PERDER DIREITOS!GREVE!

Centena de trabalhadores da Fhemig participaram da Assembleia Geral convocada pela ASTHEMG e o SINDPROS terça-feiras, 10/01/23. Os trabalhadores confirmaram o que já é evidente nas unidades da Fhemig, insatisfação e revolta com a gestão Zema, Seplag e Fhemig.

AUMENTO DA CARGA HORÁRIA

O mais recente ataque contra os trabalhadores está na Resolução Conjunta Seplag/Fhemig nº 10.688 de 26/12/22 publicada no dia 30/12/22, na qual, entre outras mudanças, determina o aumento da carga horária para os servidores plantonistas a partir de abril/23.

O sindicato junto com o jurídico já analisou a Resolução e considera essas alterações inconstitucionais e abusivas. A Resolução tenta sobrepor e criar um novo entendimento sobre as horas mensais trabalhadas, que são regidas pelos editais de concursos/contratações e pela constituição federal. Essa alteração repentina da Fhemig nos cálculos coloca os trabalhadores em prejuízo para favorecer o “patrão” Zema.

Vale lembrar que a Fhemig não realizou nenhuma discussão com o sindicato antes de publicar essa Resolução.

30 HORAS

Outro ponto discutido foi a opção de redução de carga horária para 30 horas, essa que encontra-se travada na Seplag desde 2020. Todos os estudos e cálculos já foram feitos pela Fhemig e Seplag e mesmo assim a Seplag se nega a publicar a liberação. E para piorar Zema ainda decide aumentar a carga horária dos trabalhadores.
OSs – ORGANIZAÇÕES SOCIAIS

A Fhemig segue tentando avançar a privatização dos hospitais por meio das OSs. O SINDPROS e ASTHEMG explicou mais uma vez aos trabalhadores as perdas salariais, perda de direitos, alteração no local de trabalho e até exonerações, que vão ocorrer se a gestão for passada para empresas privadas.

A cartilha que a Fhemig tem distribuído nas unidades não traz a verdade sobre as Organizações Sociais e maquia muitas informações. Basta pesquisar no Google sobre Organizações Sociais na Saúde no Rio de Janeiro, São Paulo, Contagem e a verdade aparecerá. O próprio Ministério Público de Minas e o Conselho de Saúde são contra a entrega dos hospitais para as OSs.

CRUELDADE COM FILHOS E MÃES

Outra crueldade com as mães trabalhadoras da Fhemig, está na decisão do governador Zema de retirar e dificultar o direito que as mães com filhos especiais tinham de poder acompanhar seus filhos em consultas, tratamentos, cuidados especiais e outras necessidades.

Na Resolução Seplag nº 27.471 de 13 setembro de 2022 o Governo restringe o direito dessas mães de forma perversa. A Seplag sobrepôs a Lei e criou um entendimento no qual apenas situações
“graves” e que compreenda todo um grupo específico terá direito a licença. Ou seja, a alteração nesse direito foi criada para prejudicar esses filhos com necessidades especiais.

Uma criança com autismo, ou cegueira, ou alguma deficiência comprovada e que sempre teve e necessitou do acompanhamento da mãe, agora perdeu esse cuidado. Ou a mãe cuida desse filho especial ou ela trabalha para pôr comida em casa. E só piora, além de cortar esse horário especial, Zema quer aumentar a carga horária dessa trabalhadora da Fhemig.

ASSEMBLEIA DECIDE POR GREVE!

Diante desse cenário, o copo transbordou para os trabalhadores da Fhemig. São 4 anos de perdas de direitos, perseguição e crueldade, Zema atacou até os filhos com necessidades especiais dos trabalhadores que cuidam da população.

Já foram tantas perdas para os trabalhadores da Fhemig e ainda há ameaça de muito mais perdas pela frente. Sendo assim, e diante desse cenário, os trabalhadores da Fhemig em assembleia votaram por iniciar GREVE! Zema quer além de sucatear os hospitais torturar os trabalhadores dos hospitais.

A GREVE iniciará dia 13 de fevereiro/2023 e será por tempo indeterminado. Essa data dá prazo suficiente para o Governo responder a ASTHEMG e SINDPROS, discutir com os trabalhadores, revogar essas resoluções e atender à pauta dos trabalhadores. Há prazo também para que a Justiça entenda que todos os esforços de diálogo e acordo foram feitos.

Pauta de reivindicações:

  • Revogação da Resolução que aumenta a carga horária.
  • Cumprimento do acordo de greve com a liberação da opção das 30 horas.
  • Fim da privatização dos hospitais da Fhemig por meio das OSs.
  • Revogação da Resolução que retirou e dificultou o direito da licença para as mães com filhos especiais.

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